Gestão destrutiva: quais os limites da pressão?

Casos extremos mostram que excesso de pressão cria um ambiente perigoso dentro das empresas.

A palavra de ordem é Pressão.
 
E isso é um traço normal no dia a dia das empresas, afinal, todas trabalham para bater metas, alcançar objetivos, ultrapassar e superar os concorrentes, mas até que ponto essa pressão por resultados é positiva? É fato que existem colaboradores que respondem melhor a esse sistema, no entanto, quando a pressão ultrapassa os limites, e isso ameaça a integridade física e principalmente psicológica do funcionário, é hora de rever os conceitos, pois a empresa pode ter implantado um sistema de gestão destrutiva.

Esse tipo de gestão é mais comum do que imaginamos, mas há casos extremos como os da Renault. Em menos de seis meses, entre 2006 e 2007, três funcionários da empresa cometeram suicídio. Um dos casos que tramitavam na justiça francesa, era de um engenheiro da computação, de 39 anos, que devido às fortes pressões, alta carga horária de trabalho e estresse, perdeu oito quilos, e cometeu suicídio dentro do centro de pesquisa da empresa, o Technocentre de Guyancourt.

A montadora foi considerada culpada pela morte do funcionário e a justiça francesa entendeu e declarou que ela foi negligente em relação à situação do engenheiro. A sentença será pagar o valor correspondente a pensão total, que seria destinada a família. Mas convenhamos que este caso poderia não ter passado da página um, se as condições de trabalho fossem adequadas.

No dia a dia nos deparamos com prazos, metas e estamos sempre sendo cobrados a oferecer mais. Se isso acontece dentro de um nível saudável, a pressão pode ser positiva, pois motiva, estimula e mostra ao colaborador que ele tem potencial para ir além. Mas quando excede o nível do tolerável e desgasta física e psicologicamente, pode ser perigosa e levar a casos extremos. Nesse sentindo, ter um líder preparado para identificar e corrigir as limitações dos funcionários é fundamental para que ele possa desempenhar melhor sua função, e em condições adequadas.

Nesse sentido, muitas empresas, no mundo todo, têm utilizado o processo de coaching para potencializar o desempenho dos líderes e a partir daí, melhorar e estimular o desenvolvimento das qualidades e competências dos seus colaboradores. Ter essa consciência de que é preciso realizar as metas, mas também instalar um ambiente propício é uma das características do líder, que passa pelo processo de coaching, e está preparado para identificar problemas internos e pontos de melhoria, e com isso, motivar sua equipe em busca dos resultados almejados.

Quanto melhor for o sistema de gestão implantado na corporação, mais visíveis serão os resultados. Gestões pautadas apenas pela pressão podem diminuir a qualidade produtiva dos funcionários e levar a casos extremos como os da Renault. A pressão deve ser usada como estímulo, do contrário, pode gerar um clima desfavorável e comprometer a saúde e integridade do colaborador.

Fonte: IBC

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