Como já nos alertava Albert Einstein: “Temos que tomar cuidado de não fazer do intelecto nosso deus. Ele tem, sem dúvida, músculos fortes, mas nenhuma personalidade. Não é capaz de liderar, só de servir”.
A teoria da Inteligência Emocional (IE) vem despertando o interesse de muitos autores, psicólogos e estudiosos que vêm acumulando um grande acervo de mais teorias e hipóteses a respeito do assunto. Tendo como base estes estudos, podemos a definir a IE como a capacidade que alguns indivíduos têm de se relacionarem de forma assertiva e positiva com as pessoas, mesmo nas adversidades, de terem persistência na busca de objetivos; e caracteriza a maneira como os indivíduos lidam com suas próprias emoções e com as emoções dos indivíduos ao seu redor. Esta capacidade implica algumas características tais como: autoconsciência, motivação, persistência, empatia e entendimento, ainda englobará características sociais tais como persuasão, cooperação, negociações e liderança. Assim definida a IE, podemos afirmar que os indivíduos que se conhecem a si mesmos e aos indivíduos que os cercam têm maior possibilidade de liderar de maneira eficiente gerando resultados, ou seja, sendo também eficazes.
Entendemos que a IE não é simplesmente um fator genético, ainda bem, estas habilidades podem ser aprendidas e desenvolvidas. De certa forma, podemos dizer que possuímos duas mentes, conseqüentemente, dois tipos diferentes de inteligência: racional e emocional. Nossos pensamentos são significativamente influenciados pelas partes mais primitivas de nosso cérebro (amígdala), e não pela parte pensante (neocórtex). Na medida em que se transmitem sinais ao cérebro, a amígdala (centro de Inteligência Emocional) é um processador mais rápido que o neocórtex (o cérebro “pensante”). O processamento de informação da amígdala inclui respostas fisiológicas (incremento da pulsação, secreções glandulares etc.).
Obviamente dá para entender muito claramente, que a necessidade de desenvolvimento da IE é importantíssima, hora, sendo a emoção a primeira a se manifestar, porque assim estabelece o funcionamento do cérebro, e em seguida a razão, se faz estar preparado para lidar com as emoções, o que inclui o autoconhecimento, no mínimo, para a percepção de nossas qualidades e dificuldades, de temperamento e limites, para somente então percebermos o outro em suas necessidades, potencialidades, temperamento etc. O que é certo, facilita o inter-relacionament o dentro de equipes, sejam elas de quaisquer caráter.
Portanto, nossa performance na vida é determinada não apenas pela inteligência racional denominada QI, mas principalmente pela emocional denominada IE. Na verdade, o intelecto não pode dar o melhor de si sem a IE – ambos são parceiros integrais na vida mental. Quando esses parceiros interagem bem, a IE aumenta – e também a capacidade intelectual. Isso derruba o mito de que devemos sobrepor a razão à emoção, mas ao contrário, devemos buscar um equilíbrio entre ambas.
A IE pode ser alcançada por meio de treino e esforço, mas isso requer persistência. Como em um primeiro momento é preciso reconhecer a necessidade de mudança e desenvolvimento, o que muitas vezes não é nada fácil, porque para tanto é preciso admitir que existam deficiências. .. Além disso, é necessário identificar exatamente o que se quer alcançar. – sendo um melhor ouvinte ou controlando seu temperamento nervoso. Ao realizar esse tipo de exercício analítico firmemente por algumas semanas ou meses, o indivíduo poderá substituir os hábitos que deseja eliminar por outros que acabam tornando-se automáticos.
A chave para a liderança está nos domínios da IE, não do QI. Liderança requer habilidades para persuadir e inspirar, enfatizar e articular sentimentos. Muitos indícios atestam que as pessoas emocionalmente competentes – que conhecem e lidam bem com os próprios sentimentos e com o de outras pessoas – levam vantagem em qualquer campo da vida, assimilando as regras tácitas que governam o sucesso na política organizacional.
As pessoas com a prática emocional bem desenvolvida têm maiores probabilidades de se sentirem satisfeitas e serem eficientes, dominando os hábitos mentais que fomentam sua produtividade. As que não conseguem exercer controle sobre a vida emocional travam batalhas internas que sabotam sua capacidade de se concentrar no trabalho e pensar com clareza.
Numa época em que se valoriza a contribuição do time em detrimento da dos indivíduos, e em que a disseminação rápida de inovações torna mais difícil manter diferenciais perante a concorrência. Os autores defendem que a competência emocional nos líderes pode ser uma das poucas vantagens competitivas realmente duradouras.
A idéia é óbvia: ao projetar uma visão clara para suas equipes, inspirá-las e motivá-las, administrando conflitos e relacionamentos, o líder positivo, ou “ressonante”, seria capaz de multiplicar seu próprio potencial e o de cada subordinado, estimulando a criatividade, a cooperação e o empreendedorismo. Contrariamente, o chefe disfuncional, ou “dissonante”, sem habilidade para interagir de forma produtiva, acabaria por paralisar a iniciativa dos subordinados, atrofiar talentos e reduzir a eficácia do grupo como um todo. Ainda que, de imediato, possa apresentar resultados aparentemente positivos, ele se revelaria, em médio prazo, um sabotador inconsciente das próprias metas.
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